Esta dieta teve a sua origem nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo ou que por ele são influenciados.
Foi classificada a 04-12-2013 como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Apresenta várias vantagens:

• Melhor qualidade de vida, nomeadamente, ao nível da saúde mental;
• Diminui a mortalidade ao nível de doenças cardiovasculares e de acidentes vasculares cerebrais;
• Promove a diminuição de doenças como a Obesidade e a Diabetes Mellitus tipo 2;
• Aumenta a longevidade;
• Protege contra diversos tipos de cancro;
• Apresenta-se como uma dieta sustentável, promovendo o adequado uso dos recursos do planeta.

Princípios da dieta mediterrânica e as suas alterações durante esta quarentena

• Frugalidade e cozinha simples
  – Tem na sua base preparados que protegem os nutrientes, como as sopas, os cozidos, os ensopados e as caldeiradas.
• Água como a bebida de eleição
  – Privilegiar o consumo de água, chás ou infusões ao longo do dia, mantenha-se hidratado!
• Promove a convivência entre as pessoas à mesa
  – Agora é imperativo manter o distanciamento social, mas em cada casa é possível estar mais tempo à mesa, o que permite falar, conviver e voltar a falar, o que por diversos motivos se foi perdendo ao longo do tempo.
• Consumo baixo a moderado de lacticínios
  – Os laticínios são uma fonte de proteínas de qualidade, que poderão ser úteis sobretudo, para os seus lanches.
• Elevado consumo de peixe
  – Este consumo, poderá ser feito através do peixe fresco, nos dias em que existirem compras, para os outros tem sempre a opção das conservas e de peixe congelado, em que a sua durabilidade é maior.
• Baixo consumo de carnes vermelhas
  – Um tipo de carne que é rica em gordura saturada, gordura esta que poderá trazer diversos problemas de saúde!
• Azeite como principal fonte de gordura utilizada, quer para cozinhar quer para temperar alimentos
  – O azeite é, de longe, a melhor gordura que podemos utilizar na nossa alimentação, é um produto acessível no nosso país, devido a isso deve ser utilizado com a moderação necessária de acordo com a alimentação de cada um.
• Atividade física diária
  – É importante que mantenha a sua atividade física em casa, não estar sempre sentado ou deitado no sofá, de forma a que o sedentarismo não se instale, e o gasto energético diminua drasticamente.
• Consumo elevado de alimentos de origem vegetal
  – É da máxima importância o nosso corpo ter à disposição todas as vitaminas e minerais que necessita, de forma a que todos os sistemas continuem a trabalhar na perfeição incluindo o seu sistema imunitário;
• Consumo de produtos locais, sempre frescos e de acordo com a sazonalidade
  – Poderá tornar-se mais difícil nesta altura, sendo a sazonalidade possível, os alimentos sempre frescos poderão deteriorar-se mais rapidamente, podendo optar por congelados que apresentam uma maior validade.
• Consumo baixo a moderado de vinho
  – Não sendo algo imprescindível, pode ser adicionado ao seu almoço e jantar, sempre com a moderação necessária.
• Utilização de especiarias, ervas aromáticas, alho, cebola, levando desta forma a uma redução no teor de sal na alimentação
  – Mais tempo para cozinhar e experimentar novos sabores, use o que já costuma usar e descubra novos sabores para variar a sua alimentação.
• Aumento do consumo de leguminosas e frutos secos
  – As leguminosas são um alimento bastante completo, com uma validade considerável, apresentando-se como vantagem nesta fase que estamos a passar.
  – Já os frutos gordos são alimentos bastante saciantes, mas também muito calóricos, é importante adequar as quantidades ao seu contexto alimentar.

Pedro Daniel Francisco